sábado, 15 de janeiro de 2011

eoadmvd*



Ensinaste-me a querer demais, meu amor (...)
Não que eu não goste, porque eu amo... e é bom querer-te assim... mas tu não tens a noção(...)
Pudesse eu calar-me para sempre e ficar... Ficar aqui, ao pé de ti, neste tom tão suave e agradável aos ponteiros do relógio, que nos empata e nos proporciona intervalos constantes da nossa história... pudesse eu...
Vamos gastando todo o tempo, e como senão bastasse todo o ritmo dilacerou sobre nós... mas a melodia... essa que soa nos meus, teus ouvidos e relembra, que 'nos' relembra... nunca em tempo algum se ausentou, se perdeu, 'ela permanece'... em mim, em nós!
Pudesse eu fazer-me ouvir e entender-me em ti... Tu que te esbanjas em redor de mim, que me alcanças sempre na maior das distâncias físicas ou temporais... Se tu soubesses, ou até mesmo apenas imaginasses o quanto... mas tu pouco sabes, e todo esse pouco é 'nada', porque tu, tu não tens a noção do quanto...
Talvez porque te perdes na atenção absurda da letra de uma música... e te alues da melodia que a faz e torna, e essa quase sempre permanece fiel, não muda com o tempo... E o nosso ritmo, ele não se perdeu... basta encostares bem o teu coração no meu...
Se tu soubesses o quanto... mas tu não tens a noção dele meu amor... e todo o tempo é tão fugaz e tão breve...
Cada segundo, minuto, dia a teu lado... é tão escasso e sentido... 
Eu sou feita de mais, e eu quero-te mais, não sei se entendes, mas o vazio é do tempo que nos circunda, porque eu sou cheia de ti... todo o meu corpo pede, chama por ti...
E beija-me, beija-me sempre, porque todo esse beijo de saudade que me matas, faz-me querer sempre mais... não porque não as saibas matar, mas sim porque as matas bem demais...
Eu não sei se para ti é difícil de sentir, de entender, tudo isto que eu sinto por ti... porque eu meu amor, eu não me sinto, eu sinto-te, se é que me entendes... e é tão difícil escrever e encontrar palavras que se adeqúem a 1/3 de ti... elas que não têm forma, nem cheiro... (ai esse teu cheiro)...
Não te idealizam do jeito que és, de ser, e para mim... porque elas não vibram, nem sabem remoer-se ao descrever-te, não se deixam, nem vibram por ti... se elas sentissem de verdade os nós de garganta que me dás, os apertos de coração que só tu me sentes, se elas pudessem transparecer o todo que és para mim... mas são meras palavras... mas que pelo menos consigam chegar até a ti, da maneira que eu cheguei... mergulhei e me fiquei, por aí...
Eu amo cada gesto e movimento, cada sorriso e olhar teu, todos os teus, nossos sinais, eu amo o teu abraço e o teu miminho, todos os beijos e carinho, eu amo tudo o que fazes, eu amo tudo que és... e não vejo mais nenhuma razão para tudo isto senão amar e amar, amar-te... porque não há, nem nunca houve alguém como tu... E eu não sei se entendeste, eu disse que te amava... e eu amo tanto, porque amor, meu amor, o significado de todo ele para mim, és tu, só tu ♥






quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

incógnita


Deitei-me sobre a água leve e plena.. e esperei por um sinal teu...
Fui desassossegando, atribulando emoções... libertando-me com ela, da vasta e vazia imensidão minha, que te, me assombra, toma.. que me leva e me perde, que me vive e me mata... mas não, nunca te quis apreender, forçar, pressionar ou apoderar-te de ti, de mim..
Eu fui esperando calmamente, desassossegada..devagar...
E, na meia clareza, da transcendência que te tomas, e me arrastas... na luz que te guias e me focas, da transparência da água que se vai, e se foi, de todo esse brilho, que todo, por ele 'me escureceu'...que por ele 'não sou mais'... 
Sei que me estendo por aqui, sozinha.. do eloquente apaixonado de mim... mas, hoje, é só hoje.. hoje é 'não'.. e um dia passa... 
Não sei de ti, não sei por que caminhos te levas, ou orientas.. sei que me levas presa a ti... não sei se devo seguir-te.. Talvez saiba, e sei... 'QUE NÃO'... mas só por saber, por temer, de perder... não vou a lugar algum, nenhum...
Sei que fugirias... porque caminho comigo, contigo, é morte, 'morri'... talvez porque nunca me fiz, me fizeste viver em ti...
Mas eu sei.. eu sinto, que hoje vais... e um dia voltas, que hoje eu estou... e amanhã estás tu, mas amanhã é sempre longe demais...
E eu estarei aqui, não para ti, mas por ti.. eu que não sou sem ti...
Sei que te amo, do meu mais por dentro e imune de mim, do superficial ao mais pequeno detalhe de ti, da tua indiferença ao desalento, do mais desprezável ao mais profundo... do ponto mais elevado de raiva, ao de loucura inquietadora que me vou, das brisas inconstantes que me trazes, aos suspiros mais sentidos que me levas... é sentir-te no ódio que te 'amo'.. e não te saber odiar.. é saber que hoje 'choro'.. mas amanhã já não!


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

you're so fucking special !

É bom rever-te nesta ânsia continua de ti... não conseguindo sequer situar-me nesta omnisciência de nós, mas é tão boa... mais que mais...  numa melancolia apetecível de outrora, de agora.
E todo o toque, esse toque... eu fui buscando... tu sabes que sim, que não.. busquei em outros braços... abraços... mas nunca assim... perdi-me na imensidão de outros passos... mas não assim... E daí encontras-me... perdendo, perdida.. deambulando algures que nem sei... se sei... do apaixonado imune de mim... 
Vislumbro-te de tão longe, perto... e coroo de esplendor todo o teu rosto... e devagar.. devagarinho.. vou descendo, pormenorizando todo este meu 'eu', teu, 'tu' que se acresce... e eu espero insensatamente que hesites, para que o persistir não me alcance ou ultrapasse... e tu fitas, fitas todo o entrelace... mas então.. porquê, de quê, depois... o recuo de nós?  No meio devaneio... Porquê todo este desejo, como se de um oprimir dum beijo se tratasse ? Uma vez escondidos, apodero-te de mim e todo o escuro causado, causa este momento nosso que já foi... dilacera o batimento, todo ele para que sintas, o sintas comigo...
E é tão visível com... e tão invisível para... que me dá a vontade de o fazer de novo.. numa promessa envolvida que nos compromete e estende a nossa curta passagem... impasses de mim, de ti, de desespero sossegado de meu, dois 

domingo, 17 de outubro de 2010

Coldplay - The Scientist (Edit)


Saudades do que já foi e não voltou, do que 'é' meu, do que 'era' teu, nosso(...) mas eu estou aqui... como vês eu estou, seguindo o que é certo, o que para mim não falece... é uma força sobrenatural, um íman que me torna, que me retorna no tempo... e quando penso que não posso mais, eu posso... eu posso sempre, por tudo posso, por tudo volto... sobrevivendo à dor inquietadora de não estares e sentir-te tão de perto, a cada dia, minuto ou segundo de vazio profundo, sinto que não é inalcançável, porque nunca o foste assim, para mim(...) Talvez esteja errada na verdade mas eu não minto, quando digo e sinto... que vivo na esperança ilusória deste facto... faleço-me por dentro e sinto o calor das minhas mãos mais forte que nunca, desta vez eu sinto-o assim... e só por o sentir... sei também que aqui ainda estou... não me encontrando... e isto assombra, assombra-me... Luto todos os dias... com a garra que Deus me deu, mais ninguém a invocou em meu nome... sinto que não tenho ninguém... tendo montes de pessoas, mas, mesmo assim, eu continuo... o tempo passou e neste momento o relógio já prescreveu as 15:00 horas desta tarde... e sei, que cada minuto que passou, não voltará, foi gasto... mas enquanto tudo segue, eu não vejo o tempo a correr em mim, eu parei... e o único 'tic-tac' vivo e ouvido, é o meu coração... e esse, esse não pára, na simples razão de te alcançar de novo!
E sabes, continua aqui, como sempre esteve, uma de muitas... e isto sim, é a motivação... que me corta, que me prende, a ti (...)

*" Tu não tens de estar insegura com nada, tu só me vais perder quando eu morrer, e mesmo ai vou olhar sempre por ti(...)"*
E agora? depois disto, consegues sentir a mágoa a lavar-me o rosto? 
Ela ganhou-me, quebrei a promessa.
I'm going back to the start *

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Remoinho de emoções.

 
Nem bem, nem mal, simples... não estou... e não é por não estar de uma maneira nem de outra mas porque eu não sei ao certo, talvez devesse saber entender-me, talvez na verdade ninguém é tão alguém para que saiba e possa descrever a 'incógnita' que sou e que transformo, que carrego... ninguém é tão alguém para afirmar ou definir algo que é por si desconhecido de mim... e ninguém é tão autêntico e capaz de me apontar um dedo que seja, frontal... 
É como se estivesse presa a mim própria... talvez muita gente gostasse na verdade de ter a capacidade de absorção de si como eu consigo ter e buscar de mim, talvez... mas, eu tenho-a em demasia e isso sufoca, sufoca-me, não me deixa descansar, desanuviar... e eu quero soltar-me, vivo presa em mim, a mim, ao que sou, ao que faço, ao que sofro... e nunca o fui tão intensamente outrora...
Hoje, não termina... nunca mais... é um remoinho, num hoje tão inquietador...
Sinto portas a baterem com intensidade de tempestades e o vento sopra para mim... Sinto que quero soltar-me mas a angustia lava-me o peito e entrelaça-me a garganta, atormenta... Sinto a água a correr-me o rosto e todo o meu corpo, sinto e deixo senti-la também... ouço músicas seguidas, repetidas mas com a água sempre a correr, como se na verdade quisesse que ela fosse mais forte que a mágoa que me corre, mais forte que eu mesma, tento que ela seja capaz de fazer o que eu não sou, que me cure a alma, que me leve a mágoa, que seja mais forte, talvez o esteja a fazer hoje como o fiz ontem e amanhã não o faça mais... sendo repugnante o que já levo de amanhã sem ainda não o ser, porque ainda não é.. não aconteceu... talvez seja do momento, da dor do que ficou, do que já foi, do que me arrancaram... sem na verdade o terem feito porque continuo a senti-lo como se fosse meu, este sentimento de posse, de quem teme... mesmo sentindo que ele próprio se foi e se lança... e sabendo que se lança sem direcção e sem querer ou o desejar... mas se lança...
É querer e não poder... É saber que pode tudo voltar mas a ânsia do tempo... da sua própria passagem ser lenta... É estar presa a mim, continuando neste trânsito de emoções, de passagens, duas passagens opostas... é sentir o seu meio... no meio... e não ver ninguém... é ter perfeita consciência de que estou a ficar presa a mim, ao que sinto e à emoção deste próprio acto de escrita.