Ensinaste-me a querer demais, meu amor (...)
Não que eu não goste, porque eu amo... e é bom querer-te assim... mas tu não tens a noção(...)
Pudesse eu calar-me para sempre e ficar... Ficar aqui, ao pé de ti, neste tom tão suave e agradável aos ponteiros do relógio, que nos empata e nos proporciona intervalos constantes da nossa história... pudesse eu...
Vamos gastando todo o tempo, e como senão bastasse todo o ritmo dilacerou sobre nós... mas a melodia... essa que soa nos meus, teus ouvidos e relembra, que 'nos' relembra... nunca em tempo algum se ausentou, se perdeu, 'ela permanece'... em mim, em nós!
Pudesse eu fazer-me ouvir e entender-me em ti... Tu que te esbanjas em redor de mim, que me alcanças sempre na maior das distâncias físicas ou temporais... Se tu soubesses, ou até mesmo apenas imaginasses o quanto... mas tu pouco sabes, e todo esse pouco é 'nada', porque tu, tu não tens a noção do quanto...
Talvez porque te perdes na atenção absurda da letra de uma música... e te alues da melodia que a faz e torna, e essa quase sempre permanece fiel, não muda com o tempo... E o nosso ritmo, ele não se perdeu... basta encostares bem o teu coração no meu...
Se tu soubesses o quanto... mas tu não tens a noção dele meu amor... e todo o tempo é tão fugaz e tão breve...
Cada segundo, minuto, dia a teu lado... é tão escasso e sentido...
Eu sou feita de mais, e eu quero-te mais, não sei se entendes, mas o vazio é do tempo que nos circunda, porque eu sou cheia de ti... todo o meu corpo pede, chama por ti...
E beija-me, beija-me sempre, porque todo esse beijo de saudade que me matas, faz-me querer sempre mais... não porque não as saibas matar, mas sim porque as matas bem demais...
Eu não sei se para ti é difícil de sentir, de entender, tudo isto que eu sinto por ti... porque eu meu amor, eu não me sinto, eu sinto-te, se é que me entendes... e é tão difícil escrever e encontrar palavras que se adeqúem a 1/3 de ti... elas que não têm forma, nem cheiro... (ai esse teu cheiro)...
Não te idealizam do jeito que és, de ser, e para mim... porque elas não vibram, nem sabem remoer-se ao descrever-te, não se deixam, nem vibram por ti... se elas sentissem de verdade os nós de garganta que me dás, os apertos de coração que só tu me sentes, se elas pudessem transparecer o todo que és para mim... mas são meras palavras... mas que pelo menos consigam chegar até a ti, da maneira que eu cheguei... mergulhei e me fiquei, por aí...
Eu amo cada gesto e movimento, cada sorriso e olhar teu, todos os teus, nossos sinais, eu amo o teu abraço e o teu miminho, todos os beijos e carinho, eu amo tudo o que fazes, eu amo tudo que és... e não vejo mais nenhuma razão para tudo isto senão amar e amar, amar-te... porque não há, nem nunca houve alguém como tu... E eu não sei se entendeste, eu disse que te amava... e eu amo tanto, porque amor, meu amor, o significado de todo ele para mim, és tu, só tu ♥